Eu queria dizer-te, deixar as palavras soltarem-se na atmosfera e encaminharem-se para o teu ouvido, invadirem o teu corpo e chegarem directas ao teu coração, marcá-lo, tatuar nele todo o significado que possuem, tudo o que depositei nelas na esperanças de tas oferecer em troca da tua atenção e sobretudo da tua compreensão e tornar-me, assim, transparente a teu olhos, um corpo sem pele nem carne, o reflexo exacto de tudo o que guardo religiosamente no peito, esperando em vão que o descubras.
Eu sei que não é a resposta, tudo o que tenho feito até hoje não clarifica tudo o que tenho, o que guardo para ti, todo o meu coração, eu em pleno. Alguma vez te disse que és a chama da minha vida? Que o meu coração dói sempre que penso em ti e em toda a nossa história que guardo secretamente na memória? Quantas vezes te mostrei por palavras o mundo que és para mim? Raras, eu sei. Hoje todas as palavras que guardo no bolso, as que escolhi para te confessar, nada trarão de novo, tudo o que vivemos perdeu-se no passado e agora o que me resta é o medo de te perder na incerteza do futuro, de te largar a mão e nunca mais poder sentir o toque dos teus desde sobre a minha a minha pele, o teu suor colado no meu corpo, a tua saliva a percorrer cada traço meu, o teu amor no olhar, a paixão nas tuas palavras. Tenho tanto medo.
adoro o blog, segues? $:
ResponderEliminar