Words are spaces between us

A alma está para lá das palavras, encontra-se escondida nas vírgulas que separam os sentimentos latentes nas frases ditas inconscientemente.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Viajando na incógnita

"Sometimes we can fall in love with someone for all the wrong reasons, and still love them even after all the heartache because most of the time, we can’t pick who we love. And even though we know we shouldn’t love them, we do and always will, because there are just some people in our lives who will get to us for reasons we can’t explain, even when they shouldn’t."



Chegamos ao fim da linha e encaramos a parede há muito temida, o momento que pensámos nunca chegar, aquele do qual fugimos mas que no entanto desejamos de tal forma que, por vezes, quando ele nos surpreende, provoca em nós o mais profundo dos arrepios, uma sensação inexplicavelmente contraditória de toda a nossa crença até então, o desejo na sua pura essência. A partir do segundo em que encaramos a linha que separa a racionalidade da loucura que habitou em nós, sabemos que não queremos sofrer mais, que basta todas as cicatrizes presentes no nosso corpo exausto de agonia, prova de tudo aquilo que mudou, a metamorfose que sofremos ao longo de cada etapa da nossa vida, de cada dia em sofrimento sentido.

Hoje és simplesmente como o vento que dança junto a mim, uma presença que me acompanha e que por mais invisível que seja, como a brisa dos dias frescos, eu sei da sua presença, olho pelo vidro e sei que ele ali está, levando consigo o mundo e o meu coração ao sabor das memórias ainda guardadas nas gavetas do passado.
Os dias vão-se gastando há medida que o vejo envelhecer, e, com ele, os meus momentos, os momentos da minha vida. O tempo corre em busca do inexplicável e tudo aquilo que um dia foi questão, hoje é certeza incontestável. Nada como o que passou pode ser algum dia sinónimo de erro, algo para se apagar e rasurar, tornou-nos fortes, acordou-nos para a realidade, a que ignorámos em tempos de paixão doente, fez-me crescer e observar o mundo com outro olhar, abrir horizontes e encarar a dor, algo que nunca fui capaz de fazer até então.
Ainda me lembro do dia em que perdi a Razão, quando fugiu pelas minhas mãos e procurou o seu destino longe de mim, do que era naquele tempo. Acabou por regressar cabisbaixa, lentamente conquistou a minha alma e hoje habita o profundo do meu coração. Com ela trouxe a promessa de um novo futuro longe de ti, do que fui, próximo do que quero finalmente ser.

(Um último suspiro) E se eu te disser que o nada não existe? Que no fundo, o nada é algo que nos preenche e nos faz viver cada dia sem dor, um antídoto para todo o sofrimento latente no nosso peito? Na verdade, o nada é a esperança para um futuro longe de tudo o que vivemos, mas que no entanto nos aprisiona às doces lembranças, afastando a penumbra das noites de sofrimento.
E por isso escolho ser o nada, pois o nada diz-me mais do que o tudo, uma metáfora criada por aqueles que tudo sabem, mas que no fundo é um vazio que os invade e os deixa sem o nada. Hoje eu sou o nada para ti, e assim serei, o nada que se forma num tudo bem no centro do teu coração.

9 comentários:

  1. Gostei tanto tanto. :) obrigado pelas palavras. *

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  2. Gosto Dany . . .

    Ja falamos sobre os teus textos and their *meanings* . . .

    :) Still the same ?

    Mais uma coisa, já reparei que nos comentários tens "Inspirações" toda a gente tem cenas diferentes, mas eu infelizmente continuo a ter "Comentários" T_____T . . . como mudo isso ?

    Depois passa no meu rapariga ^^

    Beijote !

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  3. aquilo que tu escreves é fascinante, envolve-nos, cativa-nos *.*

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  4. Tudo dito, mais do que dito.
    Estava mesmo a precisar de ler algo assim, de ver alguém ter a força que eu não tenho, mas que um dia vou ter.
    Parabens, muitos parabens, não so por escreveres tão bem, mas por teres encontrado a Razão e abandonado a loucura.
    Felicidades *

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  5. Nossa... perfeito! *.*
    Adorei seu Blogg! *-*
    estou à seguir-te. e se puder me seguir também...ficarei muito feliz !

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espírito crítico