"Tu, sujeito sem cor, detentor da palidez que lembra a neve que cai, que dança ao sabor do vento, seu companheiro e amante nas noites gélidas que acompanham o rigoroso Inverno, solitário e angustiado. Julgas-me por mostrar vida e cor, por quebrar regras e ideais, por mostrar o outro lado do mundo, aquele que com todo o esforço tentas esconder por entre os teus braços invisíveis, mortos pela angústia em que vives. Matas a minha doce esperança, o fruto de toda a convicção que detenho em mim, que me faz lutar por aquilo que realmente sou, igual a ti e a todos aqueles que dizes serem teus irmãos, sangue do teu sangue, pele da tua pele. Relembras-me os fantasmas do passado, os demónios que carrego em mim, descendentes dos meus antepassados marcados pela dor e submissão, mostras-me o lugar que me impuseste, que pensas ser o meu, só que no entanto é de ambos, pois somos o mesmo, homens imperfeitos com sonhos por concretizar e desejos por saciar, o que apenas nos distingue é a máscara que ostentamos, a cor que mostramos ao mundo em que vivemos. Os teus olhos reflectem a minha alma, a peça que completa o teu ser incompleto, pobre de espírito, que grita com toda a força ser algo que não é, que pensa possuir algo que não lhe pertence, a sabedoria de ser quem eu sou, apenas eu a detenho, é ela que me faz ser alguém superior a ti, que te olha sem inveja ou admiração, pois não passas de um ser igual em aspecto, inferior em alma.
Quem fala, não consente
wow *o*
ResponderEliminarLindo... no seu todo.
ResponderEliminarDeixo o meu silêncio
Lindo mesmo :o
ResponderEliminaruau, amei; está excelente!
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