Words are spaces between us

A alma está para lá das palavras, encontra-se escondida nas vírgulas que separam os sentimentos latentes nas frases ditas inconscientemente.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A resposta mente em ti





"Um suspiro, um fechar de olhos que nos traz a escuridão, a paz que procuramos sem nunca termos alcançado, a solidão indesejável que é pedida desesperadamente.
A chuva cai, dança com o vento que corre em busca do seu destino, lava os caminhos traçados e percorridos por nós no passado, e leva com ela tudo aquilo que alguma vez vivi e sei que não voltará a fazer parte do meu diário, tão sozinho e irreconhecível. Caminho sem medo, a chuva não me travará, ela apenas me faz recordar o já recordado, lembrado e vivido mil e uma vezes na minha reflexão que pede por paz, apenas por paz.
Agora lembro que foste tu, o indivíduo que me mostrou quem realmente sou, não uma faceta, uma personagem perdida na sociedade falsa e inventada, apenas o que sou e o que sempre fui. Toco levemente as cordas da guitarra que se encontra encostada a meu peito, toco ao ritmo do meu coração que vai batendo, sem desistir, que luta por cada segundo que passa e vai sem destino. A acústica cativa-me, não me deixa fugir de tudo aquilo que temo, que quero pôr para o passado sem voltar a rever ou viver. Mas foste quem me mostrou quem sou, que me fez viver tudo aquilo que apenas fazia parte dos meus sonhos inconscientes e de criança, de pura alma inocente.
Não consegues ver aquilo que apresento, a alma moribunda e escura que detenho? Restos e impressões de mim, do meu interior, vivo apenas no fundo da minha mente que um dia foi invadida por sonhos e ilusões, fantasias e promessas de futuro, perfeições e ambições.
Cala a alma, mata o espírito, pára o coração que bate ou bateu por mim, apaga-me de ti, não me deixes cravada em teu coração, não quero que sejas o meu ser cativo, tal como sou eu tua. Basta-me a mim aqui, esperando pelo que não vem, pela fantasia que me faz aquilo que realmente sou."




Um, dois, três: ACORDA!
E a realidade voltou.

9 comentários:

espírito crítico